falta cor...
hoje o dia está claro demais
os pensamentos escuros
os quais me contemplam
não aparecem para a visita.
o café esfriou;
o biscoito murchou;
e o cigarro apagou.
a esperança de uma luta
que começa e termina
diariamente
não é mais a mesma neste dia
o que hoje na verdade me fez sorrir
foi o meu amor.
ele não veio numa carruagem dourada
veio à pé. de vicente de carvalho a penha. à pé.
veio sobre um par de havaiannas amarelas, à pé.
me dizer o 'eu te amo' de todo dia, à pé.
eu disse à pé.
e o que seria dessas
mãos que lhe escrevem agora
se não fosse esse carinho,
esse afago e esse chamego?
hoje, não estou para a política,
embora ela venha até a mim
a todo instante...
hoje vi inércia e solidão.
não posso dizer o que não sei,
isso é bem verdade.
mas o que eu sei,
sei cheia de vaidade.
e dessas verdades, cheias de si,
a única da que tenho certeza
é que ele me ama!
ao amor,
leppekinte...
Pra nunca esquecer...
A gente
se culpa
e nem se sabe.
A gente
se odeia
e nem se fala.
O branco gosta
quando tu falas
que ele é bonito.
Também adora
quando ignoras
o que tu és.
Eu falo a vocês,
imãs e irmãos,
para que não
se odeiem em vão.
Quando quiseres
saber quem tu és,
olhe em volta:
olhe
a mãe,
o pai,
a vó,
o avô.
Olhe
Marias,
Miltons,
Estamiras,
Lélias,
Joãos,
N'zingas,
Zumbis,
Jovelinas.
Olhe você.
Pra nunca esquecer de onde vens!
gerações através de vento
para ouvir e apaixonar-se:
4 horizontes
(Música : Lenine / Letra : Pedro Luís )
É que no fim da estrada
Eu vejo quatro horizontes
Há mar
Há montes de histórias
Mistérios
Sedes distintas
Aquilo que te sacia
Pra mim é um três por quatro
O que retrata meu medo
Pra você não tem segredo
O que pra ti é degredo
Pro outro é porto seguro
Seu furo de reportagem
Pra nós é mera bobagem
Viagem sem paradeiro
Nos faz tão perto e distantes
Depois da minha chegada
Sua partida, seu antes
Estrada de quatro sentidos
Encruzilhada de destinos
Quanto mais flor mais mulher
Quanto mais velho mais menino
Ouça aqui: Plap - Pedro Luis e a Parede
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